terça-feira, 23 de junho de 2015

" O ENIGMA DO OUTRO MUNDO " ( 1982) - Zero Cult

   Exatamente a trinta e três anos atrás, no dia 25.06.1982 , John Carpinter trazia às telonas de cinema um filme que viria a se tornar um clássico do terror e que eu, graças a sorte de ter nascido em uma época onde se achava que leite com pera dava dor de barriga, assisti no extinto “cinema em casa” do SBT. Estou falando do fantástico “ The Ting”, ou como foi maravilhosamente traduzido no Brasil,“ O enigma do outro mundo”.
O filme é protagonizado pelo queridinho do diretor, o grande astro da sessão da tarde Kurt Rusell, que interpreta o papel de R.J MacReady, um piloto de helicóptero bad ass em uma base americana na Antártida, onde um grupo de cientista estão isolados em pleno inverno glacial fazendo o que cientistas héteros fazem isolados em uma base na Antártida em pleno inverno, ou seja, bebendo Wisky e jogando cartas.


   A vida vai seguindo seu fluxo rotineiramente gelado, até que em um belo , ouve-se o som de um helicóptero que vem ao longe. Nesse Helicóptero dois Noruegueses vem atirando e jogando granadas em um cachorro que corre como pode na direção da base americana para salvar sua vida. O Helicóptero pousa e o caos se instaura. Os tripulantes descem atirando contra o cachorro e acabam acertando a perna de um dos cientistas, um dos tripulantes tenta arremessar uma granada e essa escorrega de sua mão explodindo a aeronave e ele mesmo em uma cena no melhor estolo trapalhões, na confusão o outro tripulante é morto e o cachorro é levado para dentro da base.
  Aterrorizados com o acontecido e sem conseguir contato com a base norueguesa, o médico da equipe resolve ir com nosso herói até o local do acampamento de origem dos insanos caçadores de cachorro. Lá chegando, encontram um lugar destruído, repleto de cadáveres e parcialmente queimado, sem saber falar norueguês (para ler os relatos encontrados) e com uma tempestade se aproximando, eles resolvem coletar todos documentos que encontram e fitas de vídeo e partem em retorno para o seu acampamento.
   De volta à base americana, nossos heróis descobrem, após assistirem a nove horas de vídeos das peripécias da equipe norueguesa na neve, que os cientistas nórdicos encontraram um objeto de metal gigantesco sob o gelo e desencavaram e retiraram um fóssil do lugar. Nesse mesmo instante, o bendito cachorro que fugiu para a base no inicio do filme começa a agir estranho e mandam o responsável pelos cães o colocar no canil junto dos outros, é aí que o perigo se revela para nós espectadores, o cachorro não é um cachorro, sua cabeça se abre revelando uma criatura grotesca, inominável e terrívis !!! A criatura tenta se fundir, ou contaminar os outros cães, que fazem um estardalhaço chamando a atenção de todos na base, que partem para o canil para ver o que se trata.
   
No Canil , os cientistas, encabeçados pelo Kurt Russel, se deparam com a criatura parcialmente fundida com os cães, e , é pata para um lado, três cabeças , tentáculos pra tudo que é lado; no meio dessa balburdia , nosso querido pilote de helicóptero tem um insigt e lembrando que a base norueguesa estava toda queimada pensa em usar fogo para dar cabo da criatura o que ele faz, mas não antes que uma parte dela fuja pelo teto, para desespero de todos que assistiam atônitos ao show de horror que acontecia ali no meio da noite.
   Agora é barata voa !! Existe uma criatura, que possivelmente foi a causa do ocorrido na base norueguesa, solta dentro da base incomunicável americana no meio do inverno glacial e ninguém está seguro. Imediatamente o doutor começa a pesquisar utilizando seu computador de última geração que mais parece um Atari e fazendo necrópsia em um dos corpos que ele trouxe da base norueguesa, descobrindo que a criatura tem a capacidade de reproduzir e imitar qualquer ser vivo, como um metamorfo. A partir desse momento está aberta a temporada de paranoia, ninguém sabe mais em quem confiar, o médico pira e destrói o helicóptero da base, pois , graças a seu Atari sabe que se o alienígena entrar em contato com a civilização toda raça humana estará infectada em duzentos e noventa e um dias (7.000 horas ), nesse mesmo tempo, alguém começa a sabotar o banco de sangue e largar falsas pistas pela base, o que leva os sobreviventes a acreditar que nosso protagonista é uma réplica e não ele mesmo e o abandonando na parte de fora da estação para que congele.
   Não se dando por vencido, MacReady invade a estação pelo estoque e para não ser incinerado se agarra à bananas de dinamite (porque elas estão lá eu não sei!) , enquanto um de seus colegas tem um ataque cardíaco e precisa da ajuda do médico. Temos aí então uma cena marcante da minha infância , o homem está aparentemente morto, quando o médico pede o desfibrilador, na hora em que vai dar o choque para reanimar o defunto falecido do cientista morto, eis que uma BOCA se abre no tórax do indivíduo e come as mãos do médico, para cagaço geral, que sai correndo. MacReady então, de posse de um lança chamas queima a criatura. A partir desse momento ele resolve amarrar a todos e fazer testes sanguíneos com os mesmos, o teste consiste no seguinte: um prego é aquecido no lança chamas e introduzido no sangue, sabendo-se que a criatura só pode ser morta com fogo e deduzindo-se que não se trata de um criatura, mas de várias que formam um corpo, ele acredita que o calor no fogo iria revelar quem está contaminado. Assim, um a um, os seis sobreviventes são testados, começando pelo próprio MacRedy, até chegar em Windows, o operador de rádio, que começa a sangrar pelos olhos, se solta da cadeira e gruda no teto (mais uma cena inesquecível) e assim que cai divide sua cabeça em dois e mastiga a cabeça de outro pobre coitado, não dando outra alternativa a nosso herói do que incinerar os dois.
   Sabendo que não há como sobreviver, pois é o primeiro dia do inverno na Antártida e seus suprimentos, comida e abrigo foram comprometidos, e percebendo que se o alienígena chegar a sociedade os danos serão irreversíveis eles resolvem destruir a base e aguardarem a morte que se aproxima. Assim eles vão dinamitando cada módulo da base enquanto a criatura ainda os persegue. No final, sobram apenas nosso herói, Kurt Russell e o Mecânico da expedição, Childs, interpretado por Keit David , ambos sentados no gelo desconfiando um do outro e aguardando o fogo apagar para saber o que acontecerá com eles, mas sem nenhum otimismo.

    É um filmaço !! John Carpinter em sua melhor forma ! O filme é um remake de um filme de 1951, chamado “O monstro do ártico “ de 1951, dirigido por Christian Nyby , que por sua vez é baseado em uma novela escrita por John Campbell chamada "Who Goes There?" e que tem como mérito ser uma das histórias de vanguarda da verdadeira ficção científica, estilo que Campbell deu prioridade (e quase exclusividade) quando foi editor da revista Astounding Science-Fiction , revista que revelou escritores do nível de Asimov e Robert A. Heinlein .
   O filme é assustador, conseguindo uma crescente de tensão sem entregar quase nada de inicio (exceto pelo fato de que um disco voador cai antes de sermos apresentados ao nome do filme) . Parte dessa tensão é culpa da discreta, mas onipresente trilha sonora escrita pelo gênio Ennio Morricone e a sensação de solidão e isolamento que a ambientação traz. Os personagens são bem construídos e apresentados, temos o piloto bad-ass ; o mecânico durão, o técnico em rádio maconheiro, o comandante cético, o médico que pira e até um cozinheiro patinador, para ser perfeito só faltou a criança gênio, o cachorro falante e a gostosa histérica. Quanto aos efeitos especiais , acho eles incríveis, principalmente quando se sabe que são efeitos prático, pois não existiam computadores para inclusão de Cgi naquela época, e o mais legal é que convencem ainda hoje.


   Como já dito, filmaço ! merece ser visto e revisto. Presente de uma época onde se fazia cinema de verdade , não tem como não dizer que esse filme merece nota 5 de 5 !

domingo, 14 de junho de 2015

THE BABADOOK

   Menos é mais! Existem poucas frases mais clichês do que esta, mas nenhuma se enquadraria melhor para definir o filme “The Babadook “, filme australiano de 2014, dirigido por Jennifer Kent e que tive o prazer de assistir essa semana, atrasado como sempre!
O livro maldito

  O filme conta a história de Amélia (Essie Davis), uma enfermeira que trabalha em um asilo e que cria sozinha seu filho Samuel (Noah Wiseman) após a morte do marido em um acidente de carro. Amélia tem dificuldade para amar o próprio filho pelo comportamento agitado e estranho da criança e pelo fato de o marido ter morrido levando-a para o hospital para dar a luz.
  Samuel sonha todas as noites que um monstro sai do armário para pega-lo e após a mãe examinar todos os cantos do quarto, pede que lhe conte uma história e dorme com ela, e , assim é a rotina da família. É numa dessas noites que o menino escolhe o livro “the Babadook”, que Amélia não sabia que possuía em sua biblioteca e o livro trás em versos um texto violento e ameaçador; horrorizada , Amélia, rasga o livro e o joga no lixo.
  Após a noite da leitura do "the Babadoook", coisas estranhas começam a acontecer com a portagonista e seu filho. O menino começa a criar armas e dizer que não vai deixar a mãe morrer, Amélia começa a ter alucinações, ouvindo estranhos sons e vultos se movimentando pela casa e tudo piora quando o menino se torna violento  o livro destruído, reaparece em sua porta , reconstruído e tendo partes incluídas mostrando os terrores que estão por vir e dizendo ao final: “Você não  pode se livrar do Babadook”.
   O filme , que aposta no terror psicológico, contendo um ar lovecraftiano . Onde nada é muito mostrado e até quase o final não se sabe se existe alguma ameaça paranormal ou se o que está acontecendo não se trata de um efeito do stress que a protagonista vive e isso no final dá um ar mais assustador que o esperado.  
    Ainda temos no filme singelas homenagens, como quando Samuel sofre um ataque e sua mãe o leva para uma bateria de exames no melhor modelo exorcista, ou pelo fato de o garoto ser fã de mágica e se vestir como Gage, a criança que volta dos mortos em “O cemitério Maldito”, de Stephen King.
  
     
   Outra coisa que coopera para o clima do filme é o ambiente extremamente claustrofóbico. O filme é rodado praticamente todo na casa dos protagonistas, com exceção de uma ou outra cena onde eles estão no carro, no parque ou rapidamente no trabalho de Amélia. Há também o clima de solidão e melancolia que parte da protagonista, que não pode contar nem mesmo com a ajuda da irmã mais nova e está presa as responsabilidades com o filho.
  Como atuação a atriz Essie Davis consegue transmitir um ar de perca da sanidade ao aparecer com um rosto calmo e olhar nervoso o tempo todo e o menino Noah Wiseman rouba a cena tanto por sua atuação de criança irritante e mimada, como por seu personagem ser o mais FODA adversário de monstros em toda história de filmes de terror, criando um plano fantástico e armas super  engenhosas para derrotar o vilão, além de “exorcizar” a própria mãe.
   Em resumo, o filme me surpreendeu, me assustando e me mostrando que o simples ainda é a melhor opção (menos é mais!). A história não é a mais original e a narrativa já vem sendo utilizada em muitos filmes  japoneses de terror, mas a maneira claustrofóbica e focada em um ambiente que a diretora trabalha são espetaculares. Muito bom ! Só fiquei com pena do cachorro, mas mesmo assim recomendadíssimo! Nota 8,5



quarta-feira, 3 de junho de 2015

Demolidor - do filme à série



     Em 2003 a internet no Brasil era quase inexistente, assim como os sites de cinema e cultura pop. Só se sabia do lançamento de um filme através do programa Dia-a-dia na Band, no fantástico (se o filme fosse um mega Blockbuster) ou através da revista SET. E foi na capa de uma edição dessa bendita revista que descobri que um de meus super-heróis preferidos ganharia um filme, se tratava do “Demolidor, o homem sem medo” estrelado por Ben Affleck e dirigido por Mark Steven Johnson.
Meu primeiro contato com o filme já foi horrível, começando pelo protagonista. Nada contra o Ben Affleck, eu até gosto do cara em Dogma e hoje em dia torço para que seja um bom Batman, mas eu esperava um Matt Murdock leve e ágil, saltando de prédio em prédio e metendo a porrada utilizando suas técnicas ninja, mas a postura e o uniforme que a revista apresentava era de um cara acima do peso vestindo uma capa de sofá. Outro problema para mim era que o grande cérebro criminoso a ser combatido era o Michael Clark Duncan ( O John Coffey, de “A espera de um milagre) e toda vez que eu olhava para ele eu pensava, “Qual é? Esse cara não é tão mau assim!” e por último, mas não menos importante, tinha o Mercenário, que nos quadrinhos é um vilão foda, que usa qualquer coisa como arma, além de rivalizar na porrada com o Demolidor, mas na interpretação de Collin Farrel aparecia como um esquisitão, todo vestido de couro e com um alvo tatuado na testa, digno de piada.
Apesar do que a revista SET me mostrava, mantive o pensamento positivo até assistir ao filme, o que serviu apenas para que minha decepção fosse maior. As cenas de luta eram ridículas, a trama sem sentido e cheia de clichês, os motivos dos personagens eram rasos e pouco convincentes, ou seja, uma ofensa para qualquer fã. Por isso, quando a Marvel recuperou os direitos do personagem que estavam com a FOX e logo depois anunciou que a NETFLIX faria uma série do herói, me mantive indiferente e joguei minhas expectativas abaixo das solas dos pés. Mal sabia eu que receberia com surpresa melhor série de 2015.


chegou tateando e dominou !


   FODA! Me desculpem, mas não há maneira melhor de definir a série do Demolidor. Para começar a série faz parte do universo MARVEL dos cinemas, em diversos momentos podemos ver as referência do que aconteceu à Nova York devido a batalha dos Vingadores em seu primeiro filme, essa mesma situação é o motivo para a introdução do grande vilão, Wilson Fisk, o Rei do crime, que aproveita a oportunidade para tomar o poder em Hell's Kitchen comandando empreiteiras, empresas de engenharia e, de quebra o submundo das drogas e tráfico de influência, o que remete ao clima e ambiente da produção, que é extremamente sombrio, onde vemos o bairro do protagonista, sendo dominado por essa novo poder paralelo onde os antigos mafiosos e bandidos que dominavam as ruas estão sendo substituídos por um grupo realmente organizado, que consegue passar tensão e a ideia de que não se pode escapar quando se assiste.
Os atores estão fantásticos ! Charlie Cox, que eu só conhecia do terrível “Stardust” tem uma atuação perfeita no papel de Matt Murdock, me convencendo que era cego, que sabia lutar e até mesmo que era ruivo, Helden Henson faz o melhor amigo do protagonista, Foggy Nelson, conseguindo transmitir o carinho e fidelidade que no filme de 2003, John Fravreau, interpretando caricatamente o mesmo personagem não chegou nem perto, a ele pertence a parte cômica e ingênua da série, sem com isso transformar o personagem em bobo ou coitadinho. Vincet d'Onofrio , o eterno Gomer Pyle de “Nascido para matar” é o rei do crime definitivo, embora eu tenha alguns problemas com a origem do personagem (que vamos abordar mais abaixo), ele convence com uma interpretação que alterna da insegurança (que se mostra como dissimulação) e insanidade para razão e propósito, o sujeito é uma bomba relógio prestes a explodir quando o que é sagrado para ele é molestado. Mas no meu entender, o melhor ator da série é Vondie Curtis-Hall que interpreta o reporter Ben Urich, que é responsável pela parte investigativa e que aos poucos é aprofundado expondo seus problemas financeiros, ideologias e se torna um dos heróis da série pelo fato de não se corromper; o ator consegue passar com um olhar ou suspiro todas suas preocupações ou ideias, muito show, tanto que não se ouviu falar mal do personagem devido a sua mudnça de etnia nem mesmo entre os Haters. E o que falar de Débora An Woll como Karen Page? Bom, além de ótima como a personagem ela é linda (ponto).
   O que me conquistou na série é que ela segue o modelo de séries de sucesso, como “Breaking bad” ou “Game of Thrones”, de ser um filme gigante dividido em episódios em que, permeados por diversas subtramas, existe um ou dois problemas centrais a serem resolvidos, tudo isso tratado com o máximo de realismo e seriedade possível ( seriedade, não austeridade), ou seja, não existe essa bobagem de vilão da semana, tal qual The Flash ou Arow, mas sim um medo constante que paira durante toda a temporada. Essa é a receita de se aprofundar e desenvolver todos os personagens desenvolvendo empatia e fazendo com que quem assiste queira mais e mais.
 
Arrebenta Stick
 E Falando em trama, existem episódios que eu vi, revi e trivi, de tão espetaculares que são. O episódio onde raptam uma criança para chamar a atenção do demolidor e ele entra no esconderijo dos bandidos (quando ainda está machucado) é muito legal! Tem uma cena de luta de quase dez minutos em um corredor que remete ao filme Sul-coreano “Old Boy”, ao mesmo tempo que deixa claro que o protagonista é um herói falho e vulnerável, que não tem todas as resposta e soluções, mas que está disposto a ir até as últimas consequências para buscar justiça; nese episódio tem uma cena muito engraçada, quando o demolidor entra em uma sala e fecha a porta, se ouvem gritos, de repente sai um sujeito quebrando a porta e quando se acha que ele vai escapar, uma TV de 29” o acerta na cabeça, cena essa que faz contraponto com o desfecho do episódio em que nosso herói resgata o menino raptado e , cambaleando, o carrega nos braços para o pai (Isso sim é herói!). 
    Outro episódio show é quando aparece o Stick, o sujeito que treinou Matt Murdock. Eu ansiava por essa aparição, principalmente pelo fato de não haver menção a esse personagem no filme de 2003 (o que me deixou indignado), Na série o personagem que é vivido por Scott Glenn já mostra a que veio na primeira cena, onde em uma perseguição a um burocrata Japonês ( e falando japonês) usa suas habilidades para dar cabo do sujeito. Durante esse episódio é que sabemos como Foi o encontro entre Stick e Matt e seu treinamento, onde ele aprendeu, guiado por Stick, a focar os sentidos para não enlouquecer (questão que não existe no filme), também temos um vislumbre de questões externas ao que ocorre em Hell's Kitchen e que deverão ser abordadas nas próximas temporadas, como o clã de Stick e o céu negro (seres em forma de criança que parecem ser armas biológica) e o tentáculo que surge na figura de Nobu, que é um aliado do rei do crime desde o começo da série e que se mostra um ninja, fato que vai gerar uma cena de luta muito boa em outro episódio, mas voltando para o Stick, o personagem é muito carismático, aquele tiozão badass que senta a porrada em todo mundo, é boca suja e só pensa em seus objetivos, quero muito que ele volte na segunda temporada. 
Bad day
   Por último, um episódio que me chamou a atenção, mas me deixou dividido quanto ao personagem é o que mostra a origem de Wilson Fisk. Nele somos apresentados a um Wilson criança, que sofre maltrato do pai e dos vizinhos, ele aparece sempre nervoso e incapaz de reagir na maioria das vezes, chegando a entrar em panico quando o pai vai tirar satisfação de quem fez bulling com ele, isso culmina quando ele mata o próprio pai em uma crise de violência após vê-lo agredindo a mãe, isso eu não consegui digerir, penso que alguém que sofre violência desde pequeno acabe por se quebrar, tornando-se arredio e tendo crises eventuais e violência ( o que acontece na série) mas a estrutura para o personagem chegar onde chegou seria comprometida, seria quase impossível ele se tornar líder de uma organização com o porte da que ele comandava se em sua tenra idade nada que o cercava lhe passasse confiança de que ele seria algo melhor, mas fora isso a atuação de Vicent d'Onofrio e o episódio em si é muito bom.

    Por tudo isso considero “Demolidor” a série da NETFLIX a melhor coisa lançada em 2015 (até agora), ficamos no aguardo da segunda temporada quando a questão do céu negro será revelada e teremos a introdução ao mundo dos clãs de ninja e sua guerra. Espero também que as demais séries baseadas nos personagens da MARVEL que a NETFLIX irá produzir sigam com a qualidade apresentada em Demolidor, contando com muita ação , violência e realismo. Nota 10.


Até a próxima temporada