domingo, 14 de junho de 2015

THE BABADOOK

   Menos é mais! Existem poucas frases mais clichês do que esta, mas nenhuma se enquadraria melhor para definir o filme “The Babadook “, filme australiano de 2014, dirigido por Jennifer Kent e que tive o prazer de assistir essa semana, atrasado como sempre!
O livro maldito

  O filme conta a história de Amélia (Essie Davis), uma enfermeira que trabalha em um asilo e que cria sozinha seu filho Samuel (Noah Wiseman) após a morte do marido em um acidente de carro. Amélia tem dificuldade para amar o próprio filho pelo comportamento agitado e estranho da criança e pelo fato de o marido ter morrido levando-a para o hospital para dar a luz.
  Samuel sonha todas as noites que um monstro sai do armário para pega-lo e após a mãe examinar todos os cantos do quarto, pede que lhe conte uma história e dorme com ela, e , assim é a rotina da família. É numa dessas noites que o menino escolhe o livro “the Babadook”, que Amélia não sabia que possuía em sua biblioteca e o livro trás em versos um texto violento e ameaçador; horrorizada , Amélia, rasga o livro e o joga no lixo.
  Após a noite da leitura do "the Babadoook", coisas estranhas começam a acontecer com a portagonista e seu filho. O menino começa a criar armas e dizer que não vai deixar a mãe morrer, Amélia começa a ter alucinações, ouvindo estranhos sons e vultos se movimentando pela casa e tudo piora quando o menino se torna violento  o livro destruído, reaparece em sua porta , reconstruído e tendo partes incluídas mostrando os terrores que estão por vir e dizendo ao final: “Você não  pode se livrar do Babadook”.
   O filme , que aposta no terror psicológico, contendo um ar lovecraftiano . Onde nada é muito mostrado e até quase o final não se sabe se existe alguma ameaça paranormal ou se o que está acontecendo não se trata de um efeito do stress que a protagonista vive e isso no final dá um ar mais assustador que o esperado.  
    Ainda temos no filme singelas homenagens, como quando Samuel sofre um ataque e sua mãe o leva para uma bateria de exames no melhor modelo exorcista, ou pelo fato de o garoto ser fã de mágica e se vestir como Gage, a criança que volta dos mortos em “O cemitério Maldito”, de Stephen King.
  
     
   Outra coisa que coopera para o clima do filme é o ambiente extremamente claustrofóbico. O filme é rodado praticamente todo na casa dos protagonistas, com exceção de uma ou outra cena onde eles estão no carro, no parque ou rapidamente no trabalho de Amélia. Há também o clima de solidão e melancolia que parte da protagonista, que não pode contar nem mesmo com a ajuda da irmã mais nova e está presa as responsabilidades com o filho.
  Como atuação a atriz Essie Davis consegue transmitir um ar de perca da sanidade ao aparecer com um rosto calmo e olhar nervoso o tempo todo e o menino Noah Wiseman rouba a cena tanto por sua atuação de criança irritante e mimada, como por seu personagem ser o mais FODA adversário de monstros em toda história de filmes de terror, criando um plano fantástico e armas super  engenhosas para derrotar o vilão, além de “exorcizar” a própria mãe.
   Em resumo, o filme me surpreendeu, me assustando e me mostrando que o simples ainda é a melhor opção (menos é mais!). A história não é a mais original e a narrativa já vem sendo utilizada em muitos filmes  japoneses de terror, mas a maneira claustrofóbica e focada em um ambiente que a diretora trabalha são espetaculares. Muito bom ! Só fiquei com pena do cachorro, mas mesmo assim recomendadíssimo! Nota 8,5



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