Você
acorda em um quarto em um bunker, algemado pela perna à um cano de
metal na parede,
com soro na veia e lembrando apenas que sofreu um acidente de carro;
ouve
barulho no que parece ser uma escada e se depara com o Fred flinstone
psicótico como seu carcereiro e recebe dele a informação de que
não podes sair daquele lugar por dois ou três anos porque houve um
grande atentado químico ou nuclear que pode ser de origem alienígena
e o ar está
contaminado, sendo
que tudo que se pode fazer é jogar jogos de tabuleiro, ouvir música
dos anos sessenta, assistir filmes antigos ou ler revistas de moda...
Isso não seria um pesadelo (ou roteiro de filme b)? ... Poderia!
Mas é a trama central
de "Rua cloverfield, 10", bomfilme estrelado por
Mary Elizabeth Winsted e John Goodmane
que dá sequência (ou outro ponto de vista) aos
acontecimentos do filme "Cloverfield" de 2008 e
que chega
de surpresa para trazer diversão claustrofóbica ao público e
mostrar
ao mundo como se revitaliza
uma franquia.
O
filme
conta a história de Michelle que, depois de brigar com seu namorado,
parte de carro em direção de uma vida nova. No caminho ela sofre um
acidente e acorda tempos depois com uma fratura na perna e presa em
um quarto de um abrigo subterrâneo, lá ela descobre por seu
"salvador", que se apresenta como Howard, que houve um
atentado e que o ar está contaminado, sendo que, por motivos de
segurança, ele só permitirá que ela saia de lá entre dois e três
anos. Dentro do Bunker, ela também conhece Emmett (John
Gallagher, Jr.),
ex-funcionário da construção do abrigo que se refugiou junto a
Howard quando os atentados começaram e que conhece um pouco do
passado do misterioso dono da fazenda; juntos, Michelle e Emmett,
irão buscar entender o que se passa fora do abrigo e na cabeça do
estranho e paranoico anfitrião.
O
que gostei do filme é que ele usa elementos do filme anterior, sem
se prender no mesmo. Mostra uma situação totalmente diferente e sem
conexão nenhuma com o que acontece no Cloverfield de 2008, tendo os
eventos mundiais (pelo menos somos levados a entender que existem
eventos mundiais) servindo apenas como pano de fundo para o que
realmente interessa nessa nova história, que é o que está
ocorrendo dentro do abrigo e quem são aquelas pessoas, revertendo a
tensão da população em pânico do primeiro filme, pela tensão
mais intimista de um grupo de pessoas presas em um lugar e sem saber
o que acontece lá fora, e, isso enriquece todo o universo a que os
filmes pertencem.
tem algo lá em cima
Outro
fator que torna o filme bacana são os personagens. Diferente dos
personagens do primeiro filme, que, fora o protagonista, não tinham
uma motivação aceitável para atravessar uma cidade com um monstro
gigante as soltas só para salvar uma pessoa que pouco, ou nada, tema
ver com elas, nesse filme as motivações são totalmente reais.
Michelle, a personagem de Mary Elizabeth Winsted, não aceita as
explicações de seu carcereiro e quer fugir daquele ambiente a todo
custo e para isso vai investigando todas as situações que giram em
torno daquele lugar; Emmett, por sua vez é um cara frustrado, que
não leva nada muito a sério e quer apenas sobreviver; enquanto
Howard é um psicótico e paranoico, ex-militar, fissurado por teoria da conspiração e segurança que não admite ser contrariado, é
violento e desconfiado e materializa a figura da filha (pelo menos é
o que ele diz) em Michelle e por isso não admite que ela pense em
sair do abrigo.
"Que cara estranho"
Muito
do que os personagens apresentam de bom, é fruto da interpretação
magistral dos atores e da boa direção de Dan
Trachtenberg. Sobre
as atuações, John Goodman rouba a cena
convencendo como alguém com sérios problemas mentais e de
relacionamento, seu personagem consegue fazer a tensão crescer só
de estar presente (tanto que nesse filme poderiam chama-lo de John
Badman), sua expressão vai de calma e complacência ao extremo da ira
e fúria em segundos e faz com que a gente esqueça na hora o
simpático Fred Flinstone do passado. John
Gallagher, Jr.
Também
está muito bem, embora não seja muito exigido, sua cara de medo
constante e seus olhares de quem sente que desperdiçou a
vida marcam bem o personagem no filme, fato que se soma ainda a um
monologo bem bacana onde ele conta um pouco de seu passado à
protagonista, que
vivida porMary
Elizabeth Winsted
esbanja carismausando
seu olhar e muita expressão corporal para transmitir o desconforto
que a personagem sente ao se encontrar dentro da situação
apresentada. As atuações ainda são valorizadas pela ótima direção
do estreante Dan
Trachtenberg, que através de recursos técnicos como os closes nos
olhares e expressões dos atores e tomadas abertas do cenário
claustrofóbico que passam ao expectador o ambiente sufocante tanto
do lugar quanto da situação e imprimindo no filme um tipo de tensão
que vai se alongando aos poucos e prendendo quem assiste na cadeira.
Pernas pra que te quero !!
A
meu gosto, o filme perde um pouco no final do terceiro arco, quando
parece que foi tomada a decisão de entregar ao expectador a
informação de que o que se passa fora do bunker é um ataque
alienígena (pelo menos é o que parece, pois nada é explicado), o
que corrobora com as teorias do personagem de John Goodman e
complementa o primeiro filme (De que depois do ataque de massa do
primeiro filme, o segundo passo seria um ataque de solo)e
durante dez minutos a protagonista se depara com uma espécie de
monstro que a caça e um tipo de disco voador, esquecendo sua fratura
na perna e correndo mais que o Usain Bolt e bolando uma bomba para se
desvencilhar dos oponentes, mas isso não diminui em nada a qualidade
geral do filme e eu coloco esse trecho da trama apenas como uma
espécie de Fan-service.
Achei
"Rua Cloverfield, 10" um bom e divertido filme. Despretensioso e bem dirigido, revitaliza e enriquece uma franquia
que se tornou cult e sempre se mostrou promissora para quem gosta de
filmes de terror e ficção científica. Com
atuações e direção bem ponderadas, efeitos especiais que não
exageram e roteiro competente, "Rua Cloverfield,10" chega
surpreendendo e deixa um gostinho de quero mais que, se a cena final
não nos trair, se concretizará em um futuro próximo. Assista
antes que os aliens ataquem!
A rede Plim-plim vem fuzilando
seus telespectadores com todo tipo de produção para tentar voltar a
ser a primeira e principal opção de entretenimento do país. De
tanto em tanto tempo somos apresentados a novos programas de "humor"
(com muitas aspas), dia-a-dia das celebridades, remakes de novelas
que marcaram época, Realitys e mini-séries. Quase todos esses
projetos são esquecíveis, quando não ignorados durante a própria
apresentação, no entanto, por vezes a emissora acerta no ponto
oferecendo diversão, qualidade e originalidade, surpreendendo muita
gente e deixando quem assiste com um gostinho de quero mais. Um
desses casos foi a mini-série "O canto da Sereia", exibida
em 2013 sob a direção de José Luiz Villamarim, estrelada por Ísis
Valverde e Marcos Palmeira e baseada no livro homônimo de Nelson
Motta, que me senti obrigado a ler após assistir a série e que me
fez mergulhar novamente naquele universo.
O que acontece?
Carnaval, Salvador. A estrela
do momento, Sereia, sacode as ruas da capital baiana do alto de seu
trio-elétrico, disfarçado como convidado junto à banda que a
acompanha, Augustão Matoso chefe de segurança do Trio a acompanha
de perto, uma forte chuva cai e refresca os foliões que se encontram
em êxtase, no auge da festa, em meio a raios e trovões, uma bala
corta o ar e acerta o coração da cantora, transformando o dia da
maior festa popular do Brasil em uma data de luto e ecoando por toda
Bahia com a pergunta: Quem matou sereia?
O mote da história é bem
simples e remete as histórias de detetives. Ocorre o assassinato e o
chefe da segurança da cantora, Agostinho Matoso, vulgo Augustão
(interpretado por Marcos Palmeira na série), contratado pela
empresária da Cantora (Mara Moreira, vivida por Camila Morgado)
começa a investigar o caso em buscas de respostas e atrás de uma
misteriosa agenda que suspeitam conter uma série de segredos capazes
de comprometer figuras relevantes da sociedade baiana. Durante as
investigações Augustão vai formando um perfil de quem realmente é
a cantora através do testemunho de quem a cercava e da descoberta de
segredos que vão se revelando dos lugares menos imaginados,
apresentando não só a verdade por trás do assassinato ou da
personalidade da vítima, mas também os segredos e maquinações da
industria música responsáveis pela criação de uma pop star.
O que tem de bom?
A série me pegou desde o
início pelo tema e originalidade na TV aberta. Sou uma dessas
pessoas que se cansou do "cine favela" que o cinema
brasileiro se transformou depois do sucesso de "cidade de Deus"
e que não suporta mais releituras de fatos históricos, então
qualquer coisa que fuja desses dois temas já ganha pontos comigo e
uma história de detetive, que busque ser realista sem ser chocante
demais e não abraça com força os clichês, me pareceu tão
original que me prendeu na cadeira aguardando que cada segredo fosse
desvendado.
capa do livro
Como eu disse, a trama é
simples, mas a construção de como ela é desenvolvida é o ponto
alto. No melhor estilo Alan More somos apresentados a vítima que faz
a ação correr através de flashbacks narrados por quem fazia parte
de sua vida e assim temos uma ideia de sua sensualidade através do
depoimento de seu ex-namorado Paulinho de Jesus, do poder de sua
sensualidade e carisma pela boca de seu maior fã conhecido como "Só
love", de sua frieza e temperamento pela boca de Mara Moreira,
de sua ambição através de seu marqueteiro Tuta Tavares e de suas
tristezas e dores pela boca de sua mãe de santo Marina de Oxum.
Esses depoimentos pontos de vista são entrecortados pelas
investigações e o cotidiano de Augustão, onde somos apresentados a
vielas e mercados da Bahia, pontos turísticos e ruas simples que vão
desenhando tanto as características da cidade de Salvador, como o
ambiente que proporciona aos personagens serem o que são.
No
tocante a ser o que se é, Augustão, personagem de Marcos Palmeira
se apresenta como um protagonista para se guardar na memória. É um
herói moderno e portanto está longe da perfeição, muito pelo
contrário sua tendencia a pequenas falhas dão a ele um
ar verossímil,
se acredita que seu modo de ação seja a tentativa e erro, muito
mais como um repórter xereta (como ele é no livro) do que como um
investigador particular no pior estilo dos filmes ingleses; tanto que
gostei mais do personagem da série, que era menos forçado e mais
simpático do que o do livro, que apesar de estar no meio de tudo e
conhecer a todos não convence cem por cento. O mesmo ocorre com a
própria sereia, que na série é interpretada por Isis Valverde e
que dá um show de sensualidade e carisma. Enquanto no livro a
personagem parece uma boneca moldada pelo marketing e publicidade,
que tem seus mistérios revelados até um limite, mas que por vezes
lembra só alguém desequilibrado, na série ela me pareceu mais dona
de si e focada em seus objetivos e por vezes tendendo à
autodestruição como uma estrela do rock das antigas, personalidade
que nos faz acreditar no carinho de seu fã clube e impacto que sua
morte causa no país.
O que difere o livro da
série?
Falando em diferenças entre o
livro e a série, existem algumas que no livro são melhores e outras
que na série são superiores. O fato de Algustão ser solteiro e sem
filhos na série torna a trama mais ágil para ele, no livro ele tem
um casamento fracassado e é pai de duas filhas, só que tanto sua
mulher como suas filhas passam o livro todo no Rio de Janeiro, sendo
apenas mencionadas (e o livro se passa no carnaval...meio caro ir
para o Rio e depois voltar para Salvador) qual a utilidade delas
então? Por outro lado, o livro trás um Augustão que além de tudo
é repórter e escreve pequenos artigos com um pseudônimo se dizendo
correspondente nordestino, que na verdade são engraçadas ou
violentas Fanfics baseadas nos casos que ele desvenda como bico e
essa veia jornalística explica muito mais da personalidade do
personagem do que um desejo obsessivo de procurar a verdade, mas não
a revelar, assim como esclarece seus contatos na busca de informações
sigilosas da polícia e envolvidos.
Augustão
Outra diferença é a
relevância de mãe Marina de Oxun. Entre o livro e a série existe
muita diferença nesse personagem, para começar pela etnia, pois
enquanto na série a personagem é branca (representada por Fabiula
Nascimento), no Livro ela é descrita como uma negra da cor da noite,
o que faz muito mais sentido por se tratar de uma mãe de santo
baiana. Outra diferença é sua personalidade, que no livro é muito
mais sublime e decidida, ignorando mesmo a traição de Sereia com
seu Marido e se colocando acima de muitas questões mundanas, embora
se revele uma mulher normal e comum fadada a paixões e ao amor nos
capítulos finais, o que na série fica muito aquém com seu amargor
transbordando através de olhares lacrimejosos, dúvidas confessadas
a suas ajudantes e o medo que o romance com Paulinho de Jesus trás
no final.
Spoiler
A maior diferença que existe
entre a série e o Livro é o assassino. O que é notados por quem
conhece as duas mídias da obra, pois o assassino do livro não está
na série e vice-versa e tenho que dizer que o assassino da série é
bem mais crível que o do livro. Na série o assassino é o fã
numero um de Sereia, conhecido como "Só love" e seu motivo
é justamente esse amor que ele tanto ostenta, sabe-se depois pela
boca do próprio personagem e se confirma através e laudos médicos,
que Sereia estava em fase terminal de câncer no cérebro e pediu
para que "Só Love" dar fim a seu sofrimento de forma
inesperada e secreta, para que não visse ela morrer sofrendo em uma
cama de hospital e vítima da piedade e boa vontade dos outros. Já
no livro, que aperta o gatilho que da fim a seu sofrimento é um
amigo de Paulinho de Jesus e que, fugindo da cadeia, se abriga no
terreiro de mãe Marina, mudando de nome e de vida, passando a ser
uma especie de faz tudo e filho de santo da mesma e, que ao ajudar a
personagem tema acaba por contar seu passado e se compromete a
ajuda-la para não a ver sofrer, o que não faz muito sentido pelo
caminho que o mesmo resolve tomar quando se abriga no terreiro e como
o autor o descreve, sendo alguém que realmente resolveu mudar.
No entanto, nenhuma das
diferenças entre a Série e o livro diminuem um ao outro, apenas dão
visões diferentes da mesma história e mais possibilidades de
diversão e finais alternativos. Ambas as obras existem e são
competentes no que se propõem sem precisar se apoiar uma na outra e
esse é o grane mérito das duas, tanto a série quanto livro são
duas grandes obras, divertidas e originais que valem a pena ser
visitadas, uma viagem as ruelas antigas de salvador e ao mundo da
industria musical brasileira, com aquele charme de caso de detetives
noir, matéria jornalística e tempero Baiano.
Quem me conhece sabe o quanto
sou fã de distopias. Mundo destruídos pela ignorância, violência
e repressão, tipo... o nosso; talvez venha daí meu gosto pelo
gênero, a realidade por trás da obra, para mim uma distopia bem
apresentada mostra através de alegoria, critica e, por vezes, ironia
o verdadeiro espirito humano, essa coisa maravilhosa, terrível cheia
de facetas, tanto que mesmo depois de ter lido os clássicos e os
Pop's e, assistido a muitos filmes, parece que sempre se pode ir mais
além. E nessa busca por mais me deparei com uma obra inesperada,
vindo das ilhas britânicas no ano de 2015 e cheia do espirito grego,
trata-se de "The Lobster" escrito e dirigido por Yorgos
Lanthimos e estrelado por Colin Farrell e Rachel Weisz, e que me deu
outra visão do que pode ser uma distopia.
A história é a seguinte:
Em um futuro próximo, as
pessoas são proibidas de serem solteiras e, após completarem a
idade apropriada (ou se separar, ou ficar viúvo) são enviadas para
um lugar conhecido apenas como "O hotel", onde durante 45
dias (após deixar clara sua orientação sexual) irão interagir com
outras pessoas na busca de um novo conjugue. Neste lugar, entre um
baile e um passeio no campo, os hospedes são reunidos para ir à
floresta caçar "solitários" (pessoas que fugiram do
sistema e vivem em bando no meio do mato, mas sem um parceiro), cada
solitário capturado dá direito a um dia a mais ao caçador no
Hotel, se esse prazo de dias vencer e o hospede não encontra um
parceiro, ele é transformada em um animal de sua preferência e
solto na natureza.
Nesse mundo somos apresentados
ao protagonista (Colin Farrel), um homem que depois de onze anos de
casado percebe que sua mulher não o ama mais e resolve se hospedar
no Hotel na busca de uma nova parceira. Acompanhado por Bob, seu
irmão, que anos antes não conseguiu encontrar alguém que o
completasse nessa mesma instituição e agora vive seus dias na pele
de um cachorro, o protagonista ficará hospedado no quarto 101 e na
busca de um novo amor, fará "amigos", se apresentará ao
público, participará de bailes e palestras, sairá em caçada na
floresta, verá gente desistindo da vida e mentindo para encontrar
alguém, e no final encontrará o amor que busca entre os solitários
que era obrigado a caçar para obter mais tempo , mas não sem antes
nos apresentar os sutis terrores de uma sociedade que sacrifica a
originalidade e individualidade de seus integrantes.
E aí vale a pena?
A primeira coisa que chamou
minha atenção em "The Lobster" foi a narrativa do filme.
O filme tem um quê de conto literário no melhor estilo Phillip K.
Dick, com a narradora explicando os pensamentos do protagonista, como
Dick fez em certos momentos de "O homem duplo", utilizando
de uma ironia fatalista quase imperceptível, enquanto os personagens
presentes na tela dispõem de momentos de silêncios cheios de
expectativa que explicam mais da realidade onde eles estão inseridos
do que diálogos longos fariam. Por tal motivo, a narração em off,
que em muitos filmes é extremamente criticada, aqui serve como uma
luva,nos mostrando um mundo sínico e desconfortável através do
conhecimento de uma pessoa ( Rachel Weisz ) sobre o ponto de vista de
outra ( Colin Farrell).
A montagem, a fotografia e a
trilha sonora são muito bacanas. O filme segue uma sequência de
acontecimentos onde a boa montagem consegue nos apresentar todo o
contexto de forma competente tapando as lacunas sobre a realidade do
que acontece fora do Hotel, que propositadamente é quase que
ignorada, mas não sem antes permitir pequenos vislumbres que nos
expliquem como a sociedade apresentada funciona. Já a fotografia é
muito bonita, apresentando planos abertos com lindas paisagens
inglesas e closes em detalhes que ajudam a narrativa do filme a não
depender de diálogos para explicar o pensamento dos personagens, ou
até excluindo certas figuras e pessoas do foco para demonstrar sua
irrelevância ou pequenez em relação ao todo, sendo isso tudo ainda
acompanhado por uma trilha sonora que por vezes aditiva a tensão e
ainda reafirma a solidão que aqueles personagens vivenciam, destaque
para a música da primeira caçada que o protagonista participa (Fron
inside Dead (cantada em grego)) e que fala justamente de solidão e
superficialidade, e para a música cantada pela diretora do Hotel e
seu parceiro (something's gotten hold of my heart), que fala sobre se
sentir completo, enquanto os cantores estão visivelmente se sentindo
vazios.
Sobre o protagonista, o
próprio fato de a narração de sua história ser efetuada por uma
pessoa que ele só conhecerá no segundo arco da história fala muito
sobre ele. Sua personalidade parece estar sempre em conflito entre
quem ele é e quem deve ser, como se houvesse em si uma semente de
revolta reprimida por um mundo tão hostil e que exige que tudo seja
tão absolutamente controlado, que essa semente vive latente e se
manifestando em suas dúvidas. Desde o início nos deparamos com o
protagonista questionando e ao mesmo tempo aceitando a vida como ela
é, no ato de cadastro do hotel , ao perguntarem sua preferência
sexual ele opta por heterossexualidade, mas confessa ter tido uma
experiência homossexual na faculdade, o que o faz pensar durante
longos segundos sobre qual deveria aderir; o mesmo caso se faz
presente quando ao passar pela triagem na instalação, uma das
empregadas lhe pergunta o tamanho do sapato , ao que ele responde 44
e meio, o que causa uma nova escolha entre 44 e 45, deixando claro
sua natureza questionadora em uma sociedade onde não há meio
termos e sua tendência de acabar indo ao encontro da maioria. Colin
Farrel está ótimo, claro que parecer um porta sem personalidade não
deve ser difícil, mas ele convence com seus silêncios e olhares,
assim como com sua aparência que foge a do galãzinho que lhe deu
fama. Algo que também parece ocorrer com Rachel Weisz que também
está muito bem no papel, embora não seja tão marcante quanto em "O
jardineiro fiel", mas que consegue fazer com que o espectador se
importe com seu personagem e torça por ele. Uma parte disso se deve
a capacidade da atriz conseguir transmitir doçura e fragilidade, mas
com aquele toque de personalidade través de seu personagem, sem
falar da narração que ela faz, de forma monótona do filme, é muito
engraçada e é perfeita na marcação da história.
Como distopia o filme me
surpreendeu e me apresentou novas possibilidades. Um fato marcante na
história é semelhante ao que acontece no livro "Batle Royale"
deKoushun
Takami, onde
somos jogados dentro da história como se fossemos amigos que chegam
no meio de uma conversa e não entendem todo o assunto, então o fato
é que existe uma série de questões, mas dentro destas somos
apresentados a um caso especifico que nos permite saber apenas poucos
pormenores
relativos
a uma realidade
mais rica e complexa e , isso eu acho muito legal! É o não explicar
e mesmos assim não confundir; há algo maior e terrível, mas não
precisa ser exposto ali, porque não é importante para o contexto
que vamos seguir enquanto a história é contada. No
entanto, a grande distopia se apresenta sempre através de quem a
sofre e nesse filme vemos isso pelo comportamento robótico e
amargurado dos personagens, vítimas de um mundo que os obriga ao
"amor" forçado, talvez para evitar que tenham tempo de
pensar sozinhos sobre os problemas que os cercam, o mais terrível do
filme é ver que o mundo apresentado já está tão cristalizado que
até mesmo quem se rebela contra o sistema, ainda assim é vítima de
suas leis tal qual nosso casal de protagonistas
O
filme
vale muito a pena. Apresenta um novo modelo de distopia, não tão
violenta como um "1984", ou tensa como a presente em "O
homem do castelo alto", mas tão esmagadora como ambas e, só
isso para mim já é 50%, mas
além
disso há uma profundidade delicada no filme, que faz com que nos
coloquemos no lugar daqueles personagens e sintamos o amargor da
imposição e tristeza da solidão, é um filme que nos faz pensar
sobre o mundo onde vivemos,
que exige cada vez mais que façamos parte de algo e ignorar e
excluir quem pensa e age diferente. Por esse mérito, além da parte
técnica, das interpretações e estilo,
considero "The Lobster" um filmaço, que
merece ser assistido e re-assistido, poderia
me estender ainda mais falando sobre os solitários e o plano de sua líder para desestabilizar o sistema, ou sobre os amigos do
protagonista e seus destinos, ou ser mais sacana e falar como o casal
de protagonistas acaba, mas não quero estragar a surpresa de quem ,
assim como eu, gosta do estilo, posso apenas dizer que o filme tem
esse nome, pois é o animal que o protagonista escolheria se tornar
caso não encontrasse alguém, uma Lagosta, pois, segundo ele, as
Lagostas vivem mais de cem anos, permanecem férteis durante toda
vida e tem sangue azul como a aristocracia (ignorando o fato de que
são apreciadas como prato refinado).
Um
filmaço, distopia para valer, com aquela humor negro inglês e um profundo
espirito
Grego recomendadíssimo.
Em
2014 uma guerra foi declarada. Depois de anos apenas olhando o
sucesso da rival, a DC/ Warner resolveu mostrar suas armas e dar
início a construção de seu universo no cinema. Para isso recrutou
o diretor Zack Snyder e o roteirista David Goyer, ambos responsáveis
pelo último filme do Superman (O Homem
de aço, de 2013),
para comandarem a primeira batalha, colocando pela
primeira vez na mesma
tela, dois dos maiores ícones da cultura pop de todos os tempos,
Batman e Superman. No
entanto, em tempos de guerra nem tudo dá certo e alguns tiros saíram
pela culatra em um projeto que tinha tudo para dar certo, mas que
apresentou um filme "Dcpcionante" perto das expectativas geradas.
Sinopse
Um
ano e meio após os eventos de "O homem de aço", a
comunidade mundial humana terrestre do planeta terra tem sua opinião
altamente dividida sobre (política, futebol, MARVELvs DC,
religião... Não!) o Superman, tanto
que o congresso
americano está em um processo de investigação sobre a
responsabilidade de nosso mais famoso krytoniano nos eventos
ocorridos em Metrópolis no filme anterior (para quem não assistiu,
o Superman pegou outro Kryptoniano pelo colarinho e saiu atravessando
todos os prédio da cidade, mesmo
sabendo que isso não faria nenhum efeito no cara, mas
sim para a cidade.) e
assim temos
uma crise de popularidade para o pobre Kal-el. Em
meio a isso, surge a figura do empresário Mark
Zukerberg
Lex Luthor, gênio, filantropo e milionário (tenho dúvidas sobre os
dois primeiros adjetivos) que se envolve com a comissão de
Impeachment
do Superman pelo fato de ter descoberto a Kriptonita
e assim (o motivo verdadeiro que levou o governo a aceitar suas
condições me escaparam) consegue acesso total a nave kryptoniana e
ao corpo do vilão do filme anterior, o General Zod para experiências
(
assim surge um plano malígno).
No mesmo momento, vemos o retorno do Batman à ativa (embora
em nenhum momento ele chegue realmente a dizer que estava aposentado
antes dos eventos em Metrópolis.), ele está mais
velho,
mais violento e assumidamente eleitor de Donald Trump e fã de
Bolsonaro, chegando a marcar à ferro os bandidos que atravessam seu
caminho, comportamento que aparentemente surgiu após ver as
instalações da Wayne Interprise em Metrópolis destruídas e seus
funcionários mortos (pelo menos dois
eu sei que morreram) durante
a invasão kryptoniana (
assim surge um desejo de vingança.)
. Junte tudo isso, coloque cebola (porque é de chorar), acrecente
muito fã service, não explique quase nada, leve ao fogo baixo por
duas horas e meia e pronto! Temos um filme.... Bem?!...mais ou menos
.
Muito irritado !!
Cara!
O filme é ruim! Por
favor não me odeiem por dizer isso, porque também sou fã e
desde que o filme foi
anunciado sonhei em
dizer algo diferente,
mas a verdade está aí para ser dita e o filme é ruim sim! Não que
seja uma bomba como o último Quarteto fantástico ( até porque eu
disse ruim e filme ,
não terrível e
merda!), mas Batman vs
Superman: A origem da justiça (Até o título é ruim!) fica muito,
mas muito aquém das expectativas geradas pela produção. Para
começar pelo discurso prepotente do Zack Snyder onde ele dizia que o
universo DC, diferente do da Marvel era mais adulto, sombrio e
profundo. Onde? Tá bom, sombriu é mesmo, mas não porque queira
parecer mais dark, mas sim pelo fato de se enxergar a necessidade de
esconder na escuridão os péssimos CGI, principalmente o Apocalipse,
que parece um Trol do
senhor dos anéis (e o senhor dos anéis foi filmado em 1999) e que
bosta de vilão é aquele?! Profundo? Credo! O filme não explora
nada, nem a personalidade dos protagonistas como super-heróis e nem
seus alter egos (te
pergunto: como chamam a mulher maravilha no Filme?),
a cena que eu achei que me causaria uma emoção, que seria a
presença da armadura do Robin pichada já tava toda no trailer (e
o desgraçado do Wayne não fala nada só olha (te pergunto: quem não
conhece a história do Batman da HQ, entendeu?)...
o filme é superficial e raso. E
quanto a sua visão adulta, a
unica coisa mais madura é a intimidade de Lois e Clark e mesmo assim
isso fere a mitologia do Superman pelo fato da desgraçada sempre
estar na hora errada no lugar errado e fazer com que nosso querido
azulão largue tudo e todos para salva-la...Muito frustrante! Mas
tem coisas legais e realmente ruins, vamos falar um pouco delas
então.
Coisas
legais
Tô furioso !!
Como
já disse, apesar de não ser bom, o filme não é uma bomba
completa, existem coisas bacanas, quase todas relacionadas ao Batman,
que é o mocinho torto desse filme mas que são bacanas não dá para
negar. O início mesmo é bem empolgante apresentando a cena onde os
pais de Bruce Wayne são mortos, misturado com o enterro dos mesmos e
com o jovem Bruce encontrando a Batcaverna, e fazendo uma ligação
com ele chegando desesperado em Metropolis durante o ataque
alienígena do filme do Superman. Outra coisa bacana é reconhecer
algumas frases de títulos clássicos do Batman, como a mencionada em
"Cavaleiro das trevas" de Frank Miller, pelo mordomo
Alfred quando vai até o apartamento de Bruce Wayne e encontrando
garrafas de vinho vazias fala: "espero que a próxima geração
da família Wayne não herde uma adega vazia, se bem que nas
condições atuais eu duvido que exista uma próxima geração da
família Wayne", é legal também ver o Alfred em ação como se
fosse uma base de apoio à operações, guiando o bat-wing como se
fosse um drone e analisando antes a zona de batalha, ou o Batman de
armadura dizendo a famosa frase de que a vida só faz sentido se a
gente fizer ela ter sentido e usando o recurso do Gás de kriptonita
(que na HQ do cavaleiro das trevas é o Arqueiro verde que lança
contra o Superman) bem na cara do azulão; a nova batcaverna está bem
mais legal e a entrada que o Batmovel faz parecer mais um esconderijo
do que nos outros filmes (por mais que eu me pergunte quem foi o
pedreiro que construiu aquilo tudo e quem instalou os computadores).
A mulher maravilha também é uma parte legal do filme nas cenas de
batalha (porque profundidade ela não tem nenhuma), mas a parte mais
legal mesmo é a sequência onde o Batman vai resgatar a Marta Kent
dos capangas de Lex Lutor, pena que todas essas coisas somadas não
chegam a fechar vinte minutos em um filme de duas horas e meia.
Os
problemas
O
filme tem três grandes problemas: O início, meio e fim. Mas dentro
destes, as soluções de roteiro para os problemas que se apresentam
durante a trama são os mais gritantes. Para começar, desde o início
o filme tem o propósito de nos colocar ao lado do Batman,
apresentando o Superman como inconsequente e indiferente as pessoas (
O que de fato é verdade, porque ele só se importa com sua namorada,
tanto que vai na África salva-la, mas não salva o fotógrafo antes
(que a propósito era o Jimmy Olsen, seu melhor amigo nos
quadrinhos)), mas não há durante as duas horas e tanto, a mínima
tentativa de mostrar um Superman diferente da opinião pública que
permeia o filme do inicio ao fim, de que o último kryptoniano é uma
ameaça, sendo, aparentemente existir uma única pessoa a seu favor
entre os personagens centrais da trama (fora sua mãe) , Lois Lane,
que a propósito é a única pessoa que ele salva no filme ( três
vezes), então por que diabos existes uma estátua do Superman em
homenagem as vítimas da invasão alienígena? O pior é que a
oposição não está errada, para vocês terem uma noção , uma
bomba explode no capitólio dos EUA e nosso querido homem de aço, presente no recinto, nem se move, apenas se lamenta depois no meio de
chamas e cadáveres É RIDÍCULO!! Poxa o cara é o Superman mais incompetente da história!
Vamos nos juntar para pedir reembolso
As
Motivações do Batman e Lex Luthor não convencem ninguém. Tá
certo que o Batman parece ter ficado extremamente revoltado com o que
aconteceu em Metropolis e culpado o azulão, mas o verdadeiro Batman
investigaria ao máximo para saber as intenções do Superman,
conheceria suas origens na terra, suas ligações humanas e pontos
fracos e depois conversaria com Kal-el, de boa para traçar um perfil
psicológico e saber se deveria utilizar de força ou de influência
psicológica para manter o alienígena sob controle, mas o Batman
desse filme é um playboy praticante de Jyu-jtsu do Leblon que não
possui a capacidade de raciocinar. Ele mete a porrada em todo mundo,
não escuta ninguém, não investiga nada é apenas uma máquina de
fazer voz roca e bater em todo mundo, além de sonhar, porque meu
Deus!! Como o tal de Bruce Wayne sonha! O cara sonha que está
visitando os túmulos de seus pais quando de dentro desse tumulo sai
um homem morcego monstruoso e o ataca ( outra referência ao
cavaleiro das trevas de Miller), depois ele sonha com um futuro tipo
madmax onde ele é tipo um terrorista contra o Superman e, na
esperança de encontrar a kriptonita para derrota-lo, é traído e
morto pelo homem de aço sendo que no final desse sonho ainda tem uma
visão do The Flash ( talvez você não tenha reconhecido mas era
ele) dizendo que a Louis Lane é a chave e para ele salva-la (é
como se o Batman fosse um precog com defeito). E o Luthor? por que
ele é vilão? De acordo com o filme, é porque seu pai lhe batia
quando ele era pequeno e Deus nunca o ajudou quando ele rezava
pedindo proteção. Só isso (ponto). Não tem motivo algum para ele
querer que o Superman morra, motivos há para que ele queira que
Bruce Wayne morra, pois são rivais de negócios, mas nas filmagens
dos meta humanos ( que falaremos a seguir) ele não mostra uma pasta
com imagens de Wayne agindo como Batman e se quisesse Bruce morto era
só mandar um de seus capangas para apertar o gatilho, mas isso ele
não faz. O Luthor está muito ruim MESMO!!Todas as vezes que Jesse
Eisenberg aparece interpretando Lex Luthor, minha vontade era rir de
desespero ou gritar de raiva, o cara é ridículo e bobo, não
convence ninguém, o arco que o envolve é tão ridículo que até o motivo que o fez ficar sem cabelo é o mais babaca possível, ele não
é vítima de experiências com kriptonita ou algum acidente causado
pelo Superman, ele apenas tem seu cabelo raspado na cadeia (hahaah) e
para terminar ele nem foi o cara foda e genial que criou sua própria
empresa, nessa versão como ele bem diz, é seu pai o Lex antes do
Corp, mas quem é afinal esse pai que tantos traumas causaram no
simplório e besta Alex Luthor?? Nunca saberemos!
Mais
problemas ( repetições de outros filmes e modinhas)
"Você se decepciona? Se decepcionará!"
Além
de tudo, "Batman vs Superman: a origem da cagada
Justiça", tem a péssima mania de tentar repetir situações
que em outros filmes ficaram bacanas dentro de seu contexto (ou nem
tão bacanas) e usar situações da moda que vão datar o filme. Acho
que todo mundo lembra da perseguição em "Batman: o cavaleiro
das trevas " de 2008 do Cristopher Nolan, onde Bruce Wayne vai
de carro esporte protegendo um cara que havia dito que sabia quem era
o Batman das emboscadas do Coringa e depois vai de moto atrás do
Coringa até que o comissário Gordon prende o bandido... nesse filme
há uma cena de perseguição quase igual ( até a bazuca atirando no
carro é igual) , mas enquanto aquela tem todo um contexto de salvar
um "inocente" que se encontra perseguido e prender o
bandido através de um truque, nessa cena de perseguição nosso
herói sai atropelando carros com seu Batmóvel e os arremessando uns
contra os outros e contra caminhões de combustível, dispara uma
metralhadora , que mais parece uma bateria anti-aerea contra um cara
na carroceria de uma caminhonete, atira o batmóvel contra o contêiner cheio de gente... Tudo isso para poder pegar a Kriptonita
que ele sabia que iriam para as instalações da Lexcorp e poderia
roubar de boa. Outra coisa é a mania do Superman de atravessar
prédio. Depois de todos eventos do primeiro filme que acabaram
desembocando nessa obra, nosso querido escoteiro alienígena ainda
segue atravessando os lugares e agora ele faz isso com as pessoas
junto. Na primeira cena que vemos o "Herói" ele atravessa
as paredes de um bunker agarrando um terrorista pelo pescoço e
quando fica frente a frente com o Batman atravessa um prédio com o
morcegão (aí não tem como te defender né Kal-el). Quanto a
modinha o que mais me chamou a atenção é o Luthor agindo como CEO
do Google (ou facebook na verdade), jogando basquete e com o escritório
no meio da operação (seja lá qual for o tipo de serviço que a
Lexcorp preste ou produto que venda), andando de motoca e usando
roupas descoladas. O Bruce Wayne não vai longe ao praticar Crossfit,
puxando pneus, erguendo pneus, martelando pneus...tipo um
super-borracheiro!! fato que com certeza vai datar o filme ainda mais.
Tá
bom, chega!! Vale a pena gastar para ver esse filme??
Papai me batia...Xuxa me salva
Eu
poderia ainda citar a cena da invasão do CPD da Lexcorp pelo "Gênio
Bruce Wayne" onde a central de computadores fica ao lado da
cozinha, fechada com portas de vidro sem chave onde o Batman coloca
um drive gigante preso em um fio que está por fora (muito bom
Snyder), Ou citar o fato de que Bruce diz que sua honesta família
enriqueceu através de especulação imobiliária, petróleo e
estrada de ferro (três das coisas que mais exploraram gente no
mundo) ou ainda que foi do senhor Alex Luthor quem criou os símbolos
dos Meta humanos ( todos organizados em pastinhas em seu servidor da
empresa) (UAU!), ou até gritar irritadíssimo contra a solução que
o roteiro encontrou para que o morcegão não desse um fim no azulão,
que foi o maldito fato de que a mãe de ambos se chamam Martha...mas
vou poupa-los disso e ser direto ao dizer que, embora o filme tenham
bons momentos (embora poucos) e reunir pela primeira vez Batman e
Superman, ele não merece ser visto nos cinemas, tão pouco em
Blueray ou DVD, minha dica é que se espere para vê-lo quando o SBT
voltar a passar os filmes da Warner, por que o filme é muito fraco,
é uma decepção e um deboche com os fãs e um atentado para quem
gosta de bons filmes e boas histórias; mal montado, confuso,
barulhento, escuro, com uma trama e personagens rasos, um verdadeiro
balde de água fria em quem esperava por algo sensacional. Espero
realmente que Warner se livre desse projeto e principalmente de David
Goyer e Zack Snyder, porque enquanto a produção for desleixada do
jeito que esse filme foi, a direção incapaz e o roteiro capenga, a
MARVEL continuará vencendo a guerra sem muito esforço. Agora é só
esperar por esquadrão suicida e rezar para que a DC encontra seu
caminho... e torcer que quanto a isso, Luthor esteja errado e os
deuses se mostrem bons!