Chegou
aos cinemas Brazucas nesse dia 17 de Maio do ano da graça do nosso senhor Jesus
de 2018, “Deadpool 2”, a continuação do surpreendente sucesso de 2016 estrelado por Ryan Reynolds na pele
do mercenário tagarela mais querido da Marvel e, antes que o meu poder mutante
de dizer que ESSE FILME É MELHOR DO QUE “GUERRA INFINITA” e repetir à exaustão
as piadas com o universo DC comece a falhar, garanti meu confortável lugar no
cinema para poder expressar minha desinteressante opinião sobre esse filme que
é um dos mais esperados pela galerinha que curte uma cultura pop.
Na
história, Wade Wilson /Deadpool (Reynolds) segue sua vida rotineira como
assassino profissional, tendo o taxista Dopinder (Karan Soni) como motorista e o
barman Fuinha, como conselheiro e agente; tudo segue “Tranquilamente” até que uma
emboscada arranca de seu coraçãozinho imortal seu motivo para viver. É quando,
Preocupado com a situação de nosso herói, Colossus, o mais camarada dos x-men,
resgata Wade de sua jornada de autodestruição e o junta à equipe do Professor
Xavier, só que em sua primeira missão, o mercenário se depara com um jovem que
se intitula “Firefist”, com quem, após ouvir sua história e acabar indo preso
junto, desenvolve uma relação de amizade baseada na total falta de noção. Nesse
exato momento, mas no futuro (por menos lógico que isso pareça), o misterioso e
letal Cable (Josh Brolin) se prepara para retornar para o passado, para se
vingar do responsável pela morte de sua família, o psicopata conhecido como ...
“Firefist” (ele mesmo, o moleque esquentadinho). Resta então a Deadpool formar
uma equipe de “elite” para resgatar o jovem amigo e convencer Cable de que o
futuro pode ser mudado, com muito tiro, porrada, bomba e uma dose cavalar de
humor negro.
O
filme é muito bom, mas o que tem de melhor é que ele dá continuidade ao estilo
que resultou no sucesso do primeiro e ainda cresce expandindo o universo
centrado no protagonista, abrindo as portas cinematográficas e dando destaque a
personagens intimamente ligados a ele nas HQ’s, como Cable e Dominó, assim como
acerta em corrigir a imagem de outros personagens que, tais como o próprio Deadpool em “X-men
Origens:Wolverine”, foram sacaneados em filmes anteriores.
Quanto
à introdução de Cable e Dominó no cinema, gostei mais da sortuda e carismática
mutante do que do carrancudo viajante do tempo. Dominó tem uma crescente no
filme bem bacana, onde surge na entrevista de candidatos para o time de resgate
de forma despretensiosa, dizendo que a sorte a levou até ali e que esse era seu
superpoder, levando a uma discussão infantil de uns três minutos com o
protagonista, sobre o fato de a sorte ser ou não ser um superpoder; o que vemos
ser comprovado, quando no ato do resgate, tudo que é preciso acontecer para que
ela consiga sucesso, acontece mesmo e em cenas muito bem construídas e
divertidas. Cable, por sua vez, embora não decepcione com a aparência idêntica
a das HQ’s e seu estilo durão, e, tenha um bom motivo para voltar no tempo,
deixa muitas questões em aberto, como, por exemplo: - Se qualquer um (pois ele
parece ser um “qualquer um”) tem acesso a um dispositivo de volta no tempo, por
que ninguém voltou antes e acertou o passado? Contra quem ele lutava no futuro?
Ele é um mutante igual nos quadrinhos? Se sim, quais seus poderes, já que ele
só aparece utilizando armas? Perguntas que não possuem respostas no filme e que
parecem deixar o personagem um pouco solto; questões que podem vir a ser uteis
quando se pensa que a origem do personagem pode ser melhor aprofundada no
spin-off “X-Force” já confirmado pela FOX, mas que faz falta nesse filme.
Já
sobre as correções com os personagens que foram injustiçadas antes, os grandes
representantes dessa volta por cima que o filme oportuniza são o Colossus, que
já havia ganhado um destaque no primeiro filme e que retorna ainda mais bacana
e carola e o vilão Jugernaut ou Fanático (como chamamos aqui em terra brazilis)
que surge como uma surpresa no meio da trama para incendiar a situação. Juntos,
esses pesos pesados se destacam no terceiro ato em uma cena de porradaria com
franca trocação, recuperando a honra de um Colossus que não tinha o menor
carisma e que quase nem falava em “X-men 2 e 3” e que só apanhou em “Dias de umfuturo esquecido” e de um Fanático vergonhoso de “X-men 3” que só corria e
quebrava parede, sendo derrotado pela Kitty Pryde e o sanguessuga.
Mas
não podemos parar de falar dos grandes destaques do filme sem citar a “X-Force”
formada no filme. Com mutantes de segundo escalão do naipe de “Zeitgeist” que
vomita ácido (interpretado por Bill Skargard); “Bedlam” que cria um campo
bio-elétrico capaz de influenciar máquinas e o cérebro humano (Interpretado por
Terry Crews); Peter, que é só um cara normal, além de ShatterStar e Vanisher, a
equipe se apresenta como o grupo mais fadado ao fracasso e azarado de todos os
tempos e sem o menor motivo para ir lutar, em uma ponta (por assim dizer) que
consegue ser a coisa mais frustrante e ao mesmo tempo a mais genial aula de
humor negro da história dos filmes de super-heróis, me arrancando gargalhadas
de nervosismo. (Não estragarei a surpresa, mas só digo uma coisa se tratando da
“X-Force”: Não acredite nos trailers).
Mas
apesar de tudo de bacana que o filme tem, ele possui seus defeitos. O maior, a
meu ver, como citei acima, são as motivações de alguns personagens, tais quais
os membros da primeira formação da “X-force”, que vão surgindo após uma anuncio
e partem para uma missão maluca de resgatar um desconhecido de um comboio que
leva os mutantes mais perigosos para ser congelados em animação suspensa sem a
garantia de uma recompensa ou mesmo de vida; coisa parecida que acontece com o
Fanático, que se apega ao jovem Firefist e resolve ajuda-lo a se vingar sem
nenhum retorno aparente, isso tudo sem contar que uma das cenas pós-créditos
destrói todo o crescimento que o personagem tem durante a história e até a
decisão de Cable em ficar no presente, mas que mesmo assim, é muito bacana. Mas
o que eu queria né? É um filme do Deadpool, constância e sentido não são os
primeiros itens que devem ser levados em conta e sim o sangue e a zoação e
nessas questões, o filme não erra em nada.
“Deadpool
2” é tudo que foi prometido na cena pós crédito do primeiro filme e em seus
próprios trailer (menos no que diz respeito a X-force), sendo melhor que “Guerra
infinita” , “Jogador n°1” e ficando abaixo de “Pantera Negra” apenas por não
transmitir uma mensagem tão poderosa quanto a do filme do rei de Wakanda e
trilhar o caminho da zoeira. Um filmaço que consegue misturar com pontualidade
humor e ação, se tornando o segundo melhor filme dentro do universo mutante
(depois de Logan) e certamente o mais maluco e divertido filme baseado em
quadrinhos de 2018.
legal
ResponderExcluirO elenco fez um excelente trabalho no filme. Adorei a participação de Josh Brolin, é um ator multifacetado, seu papel de Cable é muito divertido e interessante. O vi também em Homens de Coragem, é muito bom. É interessante ver um filme que está baseado em fatos reais, acho que são as melhores historias, porque não necessita da ficção para fazer uma boa produção. Gostei muito de Homens de Coragem, não conhecia a história e realmente gostei. A história é impactante, sempre falei que a realidade supera a ficção, acho que é um dos melhores filmes drama . Super recomendo. É impossível não se deixar levar pelo ritmo da historia, o elenco fez possível a empatia com os seus personagens em cada uma das situações
ResponderExcluir