Ninguém quer viver na mesmice! É para fugir
da rotina, que as pessoas mudam o corte de cabelo, pulam de paraquedas, viajam
para lugares diferentes, experimentam novos sabores e fazem o que for preciso para
ter em suas vidas a sensação de novidade sempre presente. Mas, se se sentir
como estivesse trancado em uma rotina já é horrível, imagina ficar realmente preso
para sempre no mesmo dia, e mais, ficar preso para sempre no PIOR dia de sua vida,
a data de seu assassinato?! Pois essa é a trama central de “A morte te dá
parabéns”, filme de fantasia /suspense/ terror dirigido por Chirstopher B.
Landon ( “Como sobreviver a um ataque zumbi”), produzido pela blumhouse (a
mesma de “Corra!”) e estrelado por ninguém muito importante, que me divertiu ao
apresentar uma mistura de um dos temas que mais falei, com um dos que mais fujo: loop temporal e terror.
Achei a ideia do filme bem bacana! Misturar
terror adolescente que remete a clássicos como “Pânico” e “Haloween” com um
loop temporal que lembra “feitiço do
tempo”, “ARQ” e “No limite do amanhã”, consegue trazer algo novo para a tela,
ao mesmo tempo que dá um frescor a ambos estilos já bem batidos, ganhando mais
um aditivo quando, após a protagonista
aceitar seu destino, há um acréscimo de humor na trama e depois, uma pitada de
drama, quando é descoberto que as múltiplas mortes de tree custam um preço alto
para ela; sem contar que, no decorrer da história, quando a protagonista
percebe que não é alguém de quem sua mãe poderia se orgulhar, acabamos nos
rendendo a seu carisma e torcendo por ela.
No
entanto, apesar de sua boa ideia e de ser bem divertido, o filme perde um pouco
do que poderia entregar por causa de sua montagem e escolhas de roteiro. O
principal erro a meu ver, é a introdução de um assassino em série, famoso
dentro do universo do filme, que surge para distrair a atenção da protagonista.
Penso que nada teria de errado na presença do personagem na trama, caso ele fossemos perfeitamente apresentado desde o
início da história, no entanto, isso não acontece e , apenas prestando muita
atenção em detalhes, como quando a TV do quarto da protagonista está ligado, ou
quando ela está na lanchonete com Carter (o colega onde ela sempre acorda no
quarto) é que vemos menções ao dito serial killer, o que não explica o fato de
que ela tenha certeza de que é ele que está a matando dia após dia, a não ser
que exista ainda um erro de montagem no filme e esse para mim é o segundo
grande erro.
Assistindo ao filme pela segunda vez (sim,
eu estava com tempo) se percebe que ao apresentar fotos das vítimas do dito
assassino, todas são loiras e bem parecidas com a protagonista, em especial uma
que lembra a mãe de Tree, que aparece em flashbacks. Ou seja, pode-se entender
que a mãe da protagonista foi morta pelo assassino e que, como é seu
aniversário, e como ela diz, fazer aniversário no mesmo dia da mãe e o
assassino estar na cidade, talvez, isso tenha algo a ver, mas parece que a montagem
vacilou e absolutamente nada em relação
ao assassino, suas vítimas e porque ela acredita que ele é o responsável por
tudo que está acontecendo à ela, é explicado.
Então, sem querer me repetir, se você
estiver a fim de matar um pouco da saudade dos filmes de terror dos anos
oitenta e noventa, mas ao mesmo tempo quer algo que apresente uma coisa nova e
fora da caixa mas sem ter a obrigação de pensar muito, assista a “A morte te dá parabéns” um filme que mesmo sendo meio
repetitivo em si, com certeza não vai te prender na maior das mesmices.
Nenhum comentário:
Postar um comentário