O ano é
indefinido, a água é um item raro, plantações são história,
todos querem te matar e a única coisa que se vê é um deserto
interminável. Sim, estou falando de “MAD MAX” a série que nos
anos oitenta me apresentou o que é uma distopia e que, tal qual nos
momentos derradeiros do Imortal Joe ,me arrancou um sorriso da cara
ao me entregar seu mais novo capítulo, “MAD MAX : estrada da fúria
“ !
O filme
segue a História de Max Rockatansky (Tom Hardy), apresentada ao
publico no clássico cult de 1979, um policial , em um futuro de
data não revelada, perito em perseguições automobilísticas e que
combate o crime em uma terra em crise e assolada por gangues
motorizadas e que vai piorando conforme a série segue, apresentando
escassez de água e combustível e o retorno da civilização à
comunidade tribal e selvageria . No entanto, nesse novo capítulo nos
são dadas algumas informações novas, como o fato de o mundo ter
sofrido uma guerra termonuclear , que envenenou o solo e a grande
parte das fontes de água doce. É nesse mundo desolado que
encontramos Max fazendo o que ele diz na introdução como o que o
define “fugindo dos vivos e dos mortos”, mas essa fuga não vai
longe, em minutos o protagonista se vê perseguido por um grupo e é
capturado, somos assim apresentados a trama do filme e a sua
mitologia .
A
razão que move o filme é bem simples. Max é capturado e levado
para a cidadela para servir de “bolsa de sangue” (sim! tipo uma
bolsa de sangue viva para transfusão); A cidadela é um lugar onde
existe água em abundância no subsolo e que é liderada por Immortal
joe, o vilão do filme e líder tribal que busca a continuidade de
sua linha através de um filho perfeito (tendo em vista que todas
pessoas estão doentes devida radiação), para tal, esse doce tirano
possui em harém preso em um cofre em sua fortaleza a quem chama de
“esposas”. A cidadela da água vive em simbiose com outras duas
comunidades, a fazenda das balas e a cidade do combustível; em um
belo dia de sol, Immortal joe manda uma de suas imperatrizes (o que
parece ser um título para capitão), chamada Furiosa (Charlize
Theron )
para buscar munição e combustível nessas duas cidades, sem saber
que ela havia tramado com suas esposas para fugirem para o “ vale
das muitas mães”, onde poderiam ser livres. Ao descobrir isso
Imortal Joe parte com seu exército a caça de sua propriedade ,
incluindo nesse nosso herói Max, que vai como bolsa de sangue
pendurado na frente de um carro de batalha, e, para o grupo de
mulheres resta penas fugir e defender-se.
Outro ponto bacana é o disigner dos veículos e do ambiente. Uma
coisa que marcou minha infância era o clima desértico e
desesperador dos três filmes anteriores, com imagens que eu só
encontraria na adolescência através da revista em quadrinhos Heavy
Metal, que jogava o leitor em outro mundo sem dar explicação de
nada e que nesse novo filme me trouxe essa sensação maravilhosa
novamente. Para começar temos os carros, que são um amontoado de
partes de carros que são identificáveis com muito esforço, lá no
meio temos de desde fusquinhas turbinados à Deloreans armados até
os dentes, muito foda!! O estilo dos personagens também me
conquistou, Max continua com sua jaqueta de couro do tempo da
polícia, mas temos Furiosa com sua protese mecânica que lhe dá um
ar ainda mais de badass, os Kamicrazies magros, sem cor e sem vontade
própria, Imortal Joe e sua armadura com carranca de caveira, além
dos outros personagens Freaks, como o líder da cidade do combustível
obeso mórbido vestido de terno e temos até uma ordenha de leite
materno na cidadela, algo que é transportado como mercadoria de
escambo (muito foda!)
É um filmaço ! Ação do inicio ao fim, não é um filme de
questionamentos profundo, mas não é raso e não é um filme desliga
cérebro, só posso defini-lo como diversão pura, que não
desrespeita a trilogia anterior e acrescenta muito caso venha uma
nova, vale muito a pena ver, e se eu pudesse dizer apenas uma palavra
sobre o filme, seria: TESTEMUNHEM !!!
Ela roubou meu caminhão |
Mais ou menos isso !!
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